terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sandy e Antônio Fagundes vão a pré-estreia de filme em SP Durante o lançamento do longa 'Quando era vivo', Sandy falou sobre a gravidez: 'Tive enjoo, sim, mas já passou'.

Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)Sandy na pré-estreia de 'Quando eu era Vivo'
(Foto: Iwi Onodera / EGO)
Antônio Fagundes foi a Pré-estreia do filme "Quando eu era vivo", no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, nesta segunda-feira, 27.  Sandy, que está grávida de quatro meses, também integra o elenco do longa e teve a presença de seu marido Lucas Lima, prestigiando o lançamento da produção. Para o evento, a cantora optou um vestido bem soltinho.
"É uma fase meio estranha, porque a gente fica parecendo meio gordinha, parece que engordou um pouquinho. Então as roupas normais não servem mais e as roupas de grávida também ainda não servem", explicou sobre o look. Sandy contou ainda que já não sente tanto enjoo. "Tive enjoo, sim, mas já passou", falou.
A cantora falou sobre a produção. "É a primeira vez que meu bebê vai ver o filme, vai sentir essa emoção junto comigo. Estou muito feliz de estar aqui, de ter participado desse filme. Foi um trabalho muito bonito, muito bem feito, de muita qualidade, então eu tenho orglho de fazer parte disso. Os colegas são sensacionais, o [Antônio] Fagundes, o Marat [Descartes]. São companheiros, parceiros, super gente boa os dois. O clima nas filmagens era ótimo", contou.

Sandy explicou também que continuará se preservando: "Acho que a coisa da exposição é sempre uma preocupação para qualquer pessoa que seja artista. Cada um lida de uma maneira. Eu sempre fui muito reservada e vou continuar sendo reservada, mas sem ficar neurótica também, do jeito que eu sei levar, vou continuar levando".
É a primeira vez que meu bebê vai ver o filme, vai sentir essa emoção junto comigo."
Sandy
Antônio Fagundes fez muitos elogios para sua colega de elenco. "Ela é atriz, sim. Esse negócio de que só porque ela canta não pode ser atriz é bobagem. É uma atriz disciplinada, uma profissional eficiente, e ela estava imbuida do personagem. É uma ótima companheira", disse. No longa, Sandy interpreta Bruna, uma estudante de música.
Sandy mamãe
No dia 26 de dezembro, a cantora e seu marido Lucas Lima anunciaram a gravidez de seu primeiro filho. "Oi, pessoal! Hoje é um dia muito feliz pra mim e pro Lucas. Vim aqui pra dividir com vocês a linda notícia de que estamos esperando nosso 1º bebê!! \o/. Estou com 3 meses de gestação, me sentindo muito bem e saudável, o que é ótimo, já que pretendo trabalhar até um pouquinho antes de o bebê nascer. Não sabemos se é menino ou menina ("guri" ou "guria", de acordo com o Lucas - rs.), mas, também não importa, queremos é que venha com muita saúde e cercado de boas energias! Agradecemos, desde já, o carinho e a compreensão de todos, pois, como sempre foi nossa conduta em casos de assuntos pessoais, queremos manter essa maravilhosa etapa da nossa vida o mais íntima possível. Mas, toda torcida e boas vibrações são muito bem vindas!", escreveu ela na época do anúncio.
Lucas Lima e Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)Lucas Lima e Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)

Antônio Fagundes (Foto: Iwi Onodera / EGO)Antônio Fagundes protagonista do longa (Foto: Iwi Onodera / EGO)
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Lucas Lima (Foto: Iwi Onodera / EGO)Lucas Lima prestigou a mulher (Foto: Iwi Onodera / EGO)
Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)Sandy na pré-estreia de 'Quando eu era vivo' (Foto: Iwi Onodera / EGO)
Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)Sandy na pré-estreia de 'Quando eu era vivo' (Foto: Iwi Onodera / EGO)
Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)Sandy usou um vestido soltinho (Foto: Iwi Onodera / EGO)
Antônio Fagundes e Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)Antônio Fagundes e Sandy na pré-estreia de Quando eu Era Vivo (Foto: Iwi Onodera / EGO)

Lourenço Mutarelli fala sobre o clima de tensão da adaptação Quando eu era vivo

Longa de terror vai ser protagonizado por Sandy Leah, que é encantada com a obra


A atmosfera de horror do longa seduziu a atriz e cantora Sandy, fã do gênero. Mutarelli já tem outro livro em fase de adaptação. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação
A atmosfera de horror do longa seduziu a atriz e cantora Sandy, fã do gênero. Mutarelli já tem outro livro em fase de adaptação. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação

Lourenço Mutarelli não sabe ao certo o que faz sua escrita ser tão apreciada por diretores de cinema. Mas o fato é que, ao lado de Marçal Aquino e Rubem Fonseca, o paulistano está entre os escritores contemporâneos mais requisitados no Brasil. Tudo começou com o O cheiro do ralo, adaptado pelo recifense Heitor Dhalia. Depois, o escritor vendeu os direitos de O natimorto e daí em diante passou a escrever também sob encomenda para produtores e diretores.



O feito mais recente é a adaptação de A arte de produzir efeito sem causa. O filme foi batizado de Quando eu era vivo e entra em cartaz no circuito comercial na sexta-feira. Dirigido por Marco Dutra e adaptado em parceria com Gabriela Almeida, a roteirista, o longa tem Antônio Fagundes, Sandy Leah e Marat Descartes como protagonistas de uma loucura progressiva e um enclausuramento doentio. Mutarelli também acaba de terminar um livro a pedido do produtor Fernando Sanches. O grifo de Abdera entrecruza três histórias e nasceu porque o produtor queria uma história nova de Mutarelli para adaptar para o cinema.

Por enquanto, ele curte Quando eu era vivo. Em cena, o autor repete a experiência como ator em um papel para lá de secundário. A primeira vez foi em O cheiro do ralo: o escritor fazia o segurança da loja. Mutarelli gostou muito do roteiro de Dutra e Gabriela. “Eu sabia que o filme ia ser melhor que o roteiro”, compara. “Eu estranho um pouco as mudanças, mas é uma adaptação. Eu gostei, achei interessante que ele tenha mudado certas coisas porque é o filme dele, eu vendi os direitos. Estou curioso para ver, gosto muito do trailer”.

As mudanças de Dutra não são tantas assim. No livro, Júnior se separa da mulher e volta para a casa do pai, que aluga um quarto para Bruna, uma estudante de artes plásticas. Ela se torna uma espécie de irmã e de obsessão. Da moça, vem a ajuda para desvendar antigos (e assombrosos) problemas familiares. No filme, Bruna virou estudante de música. “Quando propus que a Bruna fosse uma estudante de música, a gente fez uma ponte entre ela e a mãe morta do Júnior, que era uma mulher que cantava e se relacionava com músicas e com textos satânicos. Aí entendemos a Bruna muito melhor. Foi uma decisão que considero importante”, diz o diretor.

O clima de terror impera, um detalhe que o afasta do livro. Parte desse aspecto seduziu Sandy. “Ela disse que adorava filmes de terror. Foi uma dessas coisas mágicas. À primeira vista, eu achava que ela não ia gostar do personagem nem do roteiro”, lembra o diretor. Para adaptar A arte de produzir efeito sem causa, a roteirista Gabriela Almeida conta que precisou se desvencilhar da narrativa do livro para poder achar a dramaturgia do roteiro.

O ritmo fragmentado – uma das especialidades de Júnior é a habilidade diabólica de adentrar a cabeça dos personagens e explicar o que pensam e sentem – foi um desafio. “O livro tem um narrador muito forte. E, quando você vai para a adaptação, você tem que mapear, reconhecer, mas é fundamental não tentar à força trazer a confecção dessa voz do texto porque drama é completamente diferente de narração”, avisa a roteirista. “O livro tem personagens que vão entrando nessa loucura e trazem o desequilíbrio para outros personagens. Pouco a pouco, a loucura vai contaminando as relações.” 

Lapidado

Quando eu era vivo é quase um filme independente. Produzido pela RT Features, teve orçamento de R$ 1,6 milhão e foi filmado em 18 dias, uma agenda considerada pelo diretor como intensa e apertada. O contrário da maneira como Lourenço Mutarelli escreveu A arte de produzir efeito sem causa. O quarto romance do autor foi também aquele sobre o qual se debruçou durante mais tempo. Mutarelli escreve rápido. Pariu O cheiro do ralo em cinco dias. Mas a história de Júnior e a volta enlouquecida para a casa do pai consumiu um ano inteiro.